quinta-feira, 11 de setembro de 2014


Muita tinta vem sendo derramada em jornais e revistas ao longo dos últimos meses para falar de crianças inocentes, especialmente meninas, que estão enfrentando o inferno em áreas de conflito espalhadas pelo mundo todo.

Na Nigéria, o grupo terrorista islamita Boko Haram continua mantendo dezenas e dezenas de estudantes nigerianas como reféns e escravas sexuais. No Iraque, o grupo ultrarradical Estado Islâmico (EI) estabeleceu a prática da compra e venda de jovens cristãs e yazidis para o mesmo fim, e isso depois de assassinar os seus pais, maridos e irmãos. Esses grupos extremistas islâmicos não escondem a sua “lógica” no tocante a tais práticas aberrantes: sendo "kuffar", essas meninas não muçulmanas são vistas como despojos de guerra e, portanto, podem ser utilizadas ao bel-prazer dos seus captores e torturadores.

Os ocidentais estão cada vez mais conscientes e indignados com os relatos dessas barbáries em terras distantes. O que muitos no Ocidente não percebem, porém, é que algo muito semelhante está acontecendo também aqui e também agora, muito perto das suas próprias casas.

Na semana passada, um estudo feito na Grã-Bretanha revelou que, entre 1997 e 2013, pelo menos 1.400 meninas foram exploradas sexualmente na cidade inglesa de Rotherham, de 275 mil habitantes. Entre as histórias de horror que vieram à tona, o relatório cita o caso espantoso de meninas de apenas 11 anos de idade sendo estupradas por grupos inteiros de homens. Também há casos de meninas forçadas a testemunhar estupros e espancamentos brutais, sob a ameaça de sofrerem o mesmo destino se recorressem às autoridades. Muitas dessas meninas foram traficadas para outras áreas do norte da Inglaterra, gerando elevado lucro anual para os seus raptores.

Podemos nos perguntar: como é que tantos abusos aconteceram durante um período tão longo de tempo sem que as autoridades de Rotherham se dessem conta?

A resposta é ainda mais estarrecedora do que a própria pergunta: as autoridades sabiam.

Elas sabiam e não fizeram nada.

O relatório recém-publicado detalha que várias vítimas apelaram reiteradas vezes à polícia em busca de ajuda. Uma das vítimas preservou os farrapos da própria roupa como prova do crime sofrido e os levou até a delegacia. Mas a polícia a dispensou e as roupas “desapareceram”. Várias outras investigações de casos semelhantes foram interrompidas, arquivadas ou abortadas de alguma forma, em diversas ocasiões, ao longo da última década. Mas por quê? Por que as autoridades interromperiam uma investigação sobre algo tão obviamente grotesco para qualquer ser humano com um pingo de consciência? A resposta, novamente, é profundamente preocupante.

Eis a espantosa razão: com poucas exceções, as vítimas eram, na maioria, meninas britânicas brancas. E quase todos os estupradores, por outro lado, eram homens muçulmanos paquistaneses.

O relatório informa que os investigadores e assistentes sociais encarregados dos casos de abusos contra menores em Rotherham interromperam as suas investigações ou foram parados pelos seus superiores por causa de preocupações politicamente corretas com eventuais acusações ​de racismo.

Quando se viram confrontadas com a possibilidade de entrar em conflito com a ditadura do “politicamente correto” por apontarem a raça ou a religião dos estupradores daquelas menores, as autoridades britânicas optaram por permitir que esse crime sexual aberrante continuasse impune. Segundo o relatório, uma pesquisadora destacou a predominância de homens paquistaneses entre os estupradores de Rotherham e recebeu ordens superiores de participar de um “seminário de treinamento para o respeito à diversidade”. Além disso, ela esteve a ponto de ser demitida.

A Grã-Bretanha, berço da Magna Carta, se tornou o tipo de país em que a raça e/ou a religião de uma pessoa pode lhe dar passe livre para comprar, vender e explorar meninas, desde que se trate de meninas brancas. Esta passividade diante do mal joga a favor dos agressores, cujas motivações nunca são questionadas. Por que os abusadores eram, na maioria, muçulmanos paquistaneses? Será que não existe alguma coisa terrivelmente errada com a comunidade muçulmana paquistanesa na Grã-Bretanha? Será que este problema não se encaixa no padrão que vemos em grupos selvagens como o Estado Islâmico e o Boko Haram, que compram e vendem meninas não muçulmanas?

E será que Rotherham é a única cidade inglesa em que este absurdo está acontecendo?

Durante o tempo em que a ditadura desse “multiculturalismo” forçado continuar reinando no Ocidente, não espere respostas para essas perguntas. Aliás, não espere sequer que as pessoas se atrevam a fazer essas perguntas em público.

E onde estavam os políticos de Rotherham durante o período em que tudo isso aconteceu? Eles estavam exatamente no mesmo lugar em que estão os políticos atuais: sentados. Em suas cadeiras financiadas pelos contribuintes. Eles “justificam” a sua recusa em aceitar a própria responsabilidade “argumentando” que, agora que o relatório foi divulgado, as autoridades poderão “aprender lições” e responder melhor a esse tipo de problema no futuro.

Mas o que aconteceu em Rotherham ao longo dos últimos dez anos não foi apenas uma falha moral das autoridades. Foi o total fracasso do multiculturalismo como ideologia.

O que acontece quando a suposta “coesão da comunidade” e a suposta “manutenção da paz social” entre pessoas de diferentes culturas é o principal objetivo de uma sociedade? O que acontece quando se acredita que não há nada pior do que ser visto como racista pelos outros, muito embora o que se esteja denunciando são atos criminosos de alguém, independentemente da sua raça ou cultura de origem? O que é que se faz, no meio desse ambiente que atinge níveis hipersensíveis do politicamente correto, quando se veem meninas brancas sendo alvo de centenas de homens da “comunidade paquistanesa” local?

Acontece o que de fato aconteceu: vira-se a cara para o outro lado e finge-se que não aconteceu nada.Fonte:Aleteia

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