© Ed Yourdon / Flickr CC
Estamos em um mundo global, no qual as fronteiras se cruzam facilmente e, por razões de migração ou trabalho, pessoas de todas as nacionalidades se encontram e podem acabar formando um casal.
Esta situação permite entrar em contato com tradições, costumes e até valores desconhecidos que podem enriquecer a vida do casal ou, pelo contrário, perturbá-la.
Para que este fator não seja causa de conflito, é importante levar em consideração os seguintes aspectos:
Depois da família, o amor à própria terra ocupa um lugar muito importante no afeto de uma pessoa. Portanto, casar-se com alguém de outro país significa estar disposto a compartilhar com essa pessoa o amor pela sua pátria e evitar qualquer comentário que possa ofender seu orgulho nacional.
As tradições e costumes de um país são parte essencial da identidade cultural de uma pessoa. Por sua vez, a cultura é a forma como uma pessoa expressa sua alegria, sua fé, sua tristeza e sua honra, ou seja, como manifesta sua interioridade.
Não poder se expressar com os próprios sinais culturais é como negar a palavra a uma pessoa. Por isso, é importante conhecer muito bem esses costumes e tradições antes de casar-se, para estar seguros de que podemos compartilhá-los – ou pelo menos de que poderemos chegar a acordos na maioria deles.
Pensemos, por exemplo, nas diversas formas de celebrar festas: em alguns países, as pessoas dançam, enquanto, em outros, elas festejam comendo ou cantando em cerimônias públicas.
Estabelecer acordos sobre o estilo de vida que o casal adotará e o lugar que dará às tradições e formas de ver a vida é particularmente importante quando pessoas do Ocidente (por exemplo, América e Europa) contraem matrimônio com pessoas do Oriente (por exemplo: Irã, Índia, China, Japão) ou da África, onde há muitos costumes, familiares e sociais, diferentes dos da cultura ocidental. Por exemplo, no vestuário exigido à mulher, no papel social atribuído à mulher e ao homem dentro do casamento.
Pode dar-se o caso de que os acordos em um casal não sejam necessariamente aceitos ou do gosto das respectivas famílias. Por isso, o casal precisa ser muito forte na defesa do seu direito de escolher e viver os acordos culturais que estabeleceu, como um núcleo familiar independente.
Quando os filhos nascem e cada pai quer compartilhar suas tradições com eles é quando se nota mais a importância que os costumes e valores culturais têm na família.
Antes de casar-se, o casal precisa, por isso, decidir que tradições ou costumes dos respectivos países quer e concorda em transmitir aos filhos.
O casal também precisa decidir em que país vai morar, e discutir se, em determinado, ambos poderiam escolher viver no país do outro cônjuge.
Se decidirem morar em um país diferente do das nações de origem dos dois, então é preciso chegar ao acordo de que, na medida do possível, visitarão tanto um país como o outro.
Compartilhar a mesma religião facilita muito as coisas, pois significa que os cônjuges compartilharão valores e ritos importantes em suas vidas. Isso ajudará igualmente na hora de formar os filhos e viver as práticas de fé em comum.
Contudo, há cônjuges que professam credos diferentes e que conseguem viver níveis de diálogo e respeito admiráveis. Isso sempre e quando ficar claro que formarão os filhos na fé católica, se for o caso, como se promete no rito matrimonial.
Falar diferentes idiomas pode ser uma vantagem e desvantagem. Pode causar dificuldades na comunicação quando um dos cônjuges precisa aprender o idioma do outro. Mas pode ser uma grande vantagem, pois, ao usar uma língua estrangeira, costumamos interpretar as palavras em seu sentido mais literal, sem atribuir-lhe toda a carga emocional que às vezes problematiza a comunicação entre o
Esta situação permite entrar em contato com tradições, costumes e até valores desconhecidos que podem enriquecer a vida do casal ou, pelo contrário, perturbá-la.
Para que este fator não seja causa de conflito, é importante levar em consideração os seguintes aspectos:
Depois da família, o amor à própria terra ocupa um lugar muito importante no afeto de uma pessoa. Portanto, casar-se com alguém de outro país significa estar disposto a compartilhar com essa pessoa o amor pela sua pátria e evitar qualquer comentário que possa ofender seu orgulho nacional.
As tradições e costumes de um país são parte essencial da identidade cultural de uma pessoa. Por sua vez, a cultura é a forma como uma pessoa expressa sua alegria, sua fé, sua tristeza e sua honra, ou seja, como manifesta sua interioridade.
Não poder se expressar com os próprios sinais culturais é como negar a palavra a uma pessoa. Por isso, é importante conhecer muito bem esses costumes e tradições antes de casar-se, para estar seguros de que podemos compartilhá-los – ou pelo menos de que poderemos chegar a acordos na maioria deles.
Pensemos, por exemplo, nas diversas formas de celebrar festas: em alguns países, as pessoas dançam, enquanto, em outros, elas festejam comendo ou cantando em cerimônias públicas.
Estabelecer acordos sobre o estilo de vida que o casal adotará e o lugar que dará às tradições e formas de ver a vida é particularmente importante quando pessoas do Ocidente (por exemplo, América e Europa) contraem matrimônio com pessoas do Oriente (por exemplo: Irã, Índia, China, Japão) ou da África, onde há muitos costumes, familiares e sociais, diferentes dos da cultura ocidental. Por exemplo, no vestuário exigido à mulher, no papel social atribuído à mulher e ao homem dentro do casamento.
Pode dar-se o caso de que os acordos em um casal não sejam necessariamente aceitos ou do gosto das respectivas famílias. Por isso, o casal precisa ser muito forte na defesa do seu direito de escolher e viver os acordos culturais que estabeleceu, como um núcleo familiar independente.
Quando os filhos nascem e cada pai quer compartilhar suas tradições com eles é quando se nota mais a importância que os costumes e valores culturais têm na família.
Antes de casar-se, o casal precisa, por isso, decidir que tradições ou costumes dos respectivos países quer e concorda em transmitir aos filhos.
O casal também precisa decidir em que país vai morar, e discutir se, em determinado, ambos poderiam escolher viver no país do outro cônjuge.
Se decidirem morar em um país diferente do das nações de origem dos dois, então é preciso chegar ao acordo de que, na medida do possível, visitarão tanto um país como o outro.
Compartilhar a mesma religião facilita muito as coisas, pois significa que os cônjuges compartilharão valores e ritos importantes em suas vidas. Isso ajudará igualmente na hora de formar os filhos e viver as práticas de fé em comum.
Contudo, há cônjuges que professam credos diferentes e que conseguem viver níveis de diálogo e respeito admiráveis. Isso sempre e quando ficar claro que formarão os filhos na fé católica, se for o caso, como se promete no rito matrimonial.
Falar diferentes idiomas pode ser uma vantagem e desvantagem. Pode causar dificuldades na comunicação quando um dos cônjuges precisa aprender o idioma do outro. Mas pode ser uma grande vantagem, pois, ao usar uma língua estrangeira, costumamos interpretar as palavras em seu sentido mais literal, sem atribuir-lhe toda a carga emocional que às vezes problematiza a comunicação entre o
casal.
Assim, por exemplo, nas discussões entre cônjuges com o mesmo idioma, é comum ouvir reclamações do tipo: "O que você quer me dizer com isso?" ou "Por que você disse isso assim? Poderia ter usado outra palavra, que me ferisse menos" etc. Contudo, é preciso recordar que não há melhor incentivo para o entendimento que tentar escutar com o coração.
Finalmente, enquanto as fronteiras da mente e do coração estiverem suficientemente abertas para aceitar a diferença e compartilhá-la, o casamento entre pessoas de países diferentes não só é possível, mas muito enriquecedor.
Por experiência própria, sei que isso é assim e que esta é também uma oportunidade de aprender que, como em toda relação, o segredo é apoiar-se nos elementos em comum e não permitir que as diferenças se tornem o centro da nossa atenção ou das nossas discussões.
(Artigo de Dora Tobar, publicado originalmente em Por tu Matrimonio) Fonte:Aleteia
Assim, por exemplo, nas discussões entre cônjuges com o mesmo idioma, é comum ouvir reclamações do tipo: "O que você quer me dizer com isso?" ou "Por que você disse isso assim? Poderia ter usado outra palavra, que me ferisse menos" etc. Contudo, é preciso recordar que não há melhor incentivo para o entendimento que tentar escutar com o coração.
Finalmente, enquanto as fronteiras da mente e do coração estiverem suficientemente abertas para aceitar a diferença e compartilhá-la, o casamento entre pessoas de países diferentes não só é possível, mas muito enriquecedor.
Por experiência própria, sei que isso é assim e que esta é também uma oportunidade de aprender que, como em toda relação, o segredo é apoiar-se nos elementos em comum e não permitir que as diferenças se tornem o centro da nossa atenção ou das nossas discussões.
(Artigo de Dora Tobar, publicado originalmente em Por tu Matrimonio) Fonte:Aleteia
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