terça-feira, 5 de maio de 2015


As descobertas científicas cada vez mais esclarecedoras sobre o processo de formação da matéria têm ajudado enormemente a humanidade a superar teorias infundadas, premissas inválidas, superstições diversas e interpretações errôneas. No entanto, parece que ainda estamos bem longe de responder cientificamente à pergunta crucial sobre a origem primeira do ser, a causa inicial do existir de todo o universo. O que deu início ao processo? Como pode haver um "antes" sem que esse mesmo "antes" existisse? O que é esse "antes"?


Enquanto a razão humana se esforça e progride com louvor na tarefa de dissipar as trevas da nossa ignorância sobre o mundo em que vivemos e sobre a composição material de tudo o que existe no mundo, a , compatível com a razão, aponta para uma transcendência que os laboratórios não conseguem refutar e enxerga nas próprias maravilhas visíveis do universo um indício fascinante da sua origem num Ser Eterno, Bom, Belo, Verdadeiro e Uno.


É com base nesses indícios naturais e materiais que Santo Agostinho nos convida a contemplar interrogativamente o mundo ao nosso redor:
 
Interroga a beleza da terra,

interroga a beleza do mar,

interroga a beleza do ar difundida e diluída.

Interroga a beleza do céu,

interroga a ordem das estrelas,

interroga o sol, que, com seu esplendor, ilumina o dia;

interroga a lua, que, com seu clarão, modera as trevas da noite.

Interroga os animais que se movem na água, que caminham na terra, que voam pelos ares:

almas que se escondem, corpos que se mostram;

visível que se faz guiar, invisível que guia.

Interroga-os!

Todos te responderão: "Olha-nos, somos belos!".

A sua beleza fá-los conhecer.

Quem foi que criou essa beleza mutável a não ser a Beleza Imutável?
 
(cf. Santo Agostinho, Sermo CCXLI, 2: pl 38, 1134) Fonte:aleteia

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