As descobertas científicas cada vez mais esclarecedoras sobre o processo de formação da matéria têm ajudado enormemente a humanidade a superar teorias infundadas, premissas inválidas, superstições diversas e interpretações errôneas. No entanto, parece que ainda estamos bem longe de responder cientificamente à pergunta crucial sobre a origem primeira do ser, a causa inicial do existir de todo o universo. O que deu início ao processo? Como pode haver um "antes" sem que esse mesmo "antes" existisse? O que é esse "antes"?
Enquanto a razão humana se esforça e progride com louvor na tarefa de dissipar as trevas da nossa ignorância sobre o mundo em que vivemos e sobre a composição material de tudo o que existe no mundo, a fé, compatível com a razão, aponta para uma transcendência que os laboratórios não conseguem refutar e enxerga nas próprias maravilhas visíveis do universo um indício fascinante da sua origem num Ser Eterno, Bom, Belo, Verdadeiro e Uno.
É com base nesses indícios naturais e materiais que Santo Agostinho nos convida a contemplar interrogativamente o mundo ao nosso redor:
Interroga a beleza da terra,
interroga a beleza do mar,
interroga a beleza do ar difundida e diluída.
Interroga a beleza do céu,
interroga a ordem das estrelas,
interroga o sol, que, com seu esplendor, ilumina o dia;
interroga a lua, que, com seu clarão, modera as trevas da noite.
Interroga os animais que se movem na água, que caminham na terra, que voam pelos ares:
almas que se escondem, corpos que se mostram;
visível que se faz guiar, invisível que guia.
Interroga-os!
Todos te responderão: "Olha-nos, somos belos!".
A sua beleza fá-los conhecer.
Quem foi que criou essa beleza mutável a não ser a Beleza Imutável?
(cf. Santo Agostinho, Sermo CCXLI, 2: pl 38, 1134) Fonte:aleteia
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